Quando o telefone toca
eu espero, finjo que estou ocupado
atendo com a voz pouca
pra você pensar que não estou bem!
Faço cara de carente, pena que você não vê,
Pra pedir o seu carinho, seu abraço demorado, sua companhia!
Penso na sua voz, no seu jeito, na sua imagem vista poucas vezes.
A distância, os afazeres e o dinheiro nos fazem mal.
A sua indiferença também!
Não consigo viver essa história dificultada, desencontrada, descabeçada!
E mais uma vez!
Sinto falta das minhas conversas com Alice.
A rotina me deixa um pouco mais seco a cada dia.
Mas sem seu abraço no domingo de manhã, eu fico mal.
Não sei o que é seu abraço no domingo de manhã, não tenho motivos para ficar mal então.
Não sei de onde vêm esses pensamentos, esses sentimentos inacabados.
O tempo passa e eu não sei como me livrar deles.
Talvez eu tenha razão quando digo pra Edna que são só coisas da nossa cabeça.
Pena que pra mim mesmo, essa receita não funciona!
Acordo hoje com o telefone. Uma ligação inesperada!
Mas não era sua!
O Buba ligou, dizendo palavras agradáveis de carinho!
Mas a sua ausência não cede.
E eu não sei mais como fazer para voltar tudo como era antes!
Se a relação não está boa, porque insistir nela José?
Se eu estou aqui, pronto!
E ponto!
Saí para respirar!
a primeira carta
Há 9 anos
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